Se perder e se encontrar, se perder e se encontrar. Fico nesta oscilação, mas mais perco do que me encontro. Tanto faz, parece, depois de algum tempo. A gente tem que se contentar com o que é, mesmo sem que saiba ser, no final das contas.
Não é?
Tem que ser, se agarrar em alguma coisa que não seja passado, porque o passado vai e não volta. O passado rasga, o passado machuca, você é acalentado pelo travesseiro pensando no passado, querendo não ter medo do futuro. E aí tem gente que fala que antes é que as coisas eram boas. Baboseira. Só falam isso porque sabem o que aconteceu, nostalgia nonsense. Vive o agora pra não ficar com saudosismos depois. Fácil falar o carpe diem, fácil. Vai ali fora, olha os carros passando, o mendigo, o vira-latas, a mulher da ótica. A gente vive sem saber, nunca soube. Manias da classe média de viver em crise existencial, essa minha.E fico aqui, cabismuda, tentando confundir o que me deixa atônita. Tentando acreditar que, vai saber, né. Porque, né.
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